quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Mudança (queda livre)
Mudança passou a ser meu nome do meio – que nunca tive – a partir de certo ponto do ano passado. E isso deveria ser mais do que natural pra qualquer pessoa normal, que anda, respira, tem anseio, dúvidas e comprometimentos. Só que eu acho que encarnei as mudanças de uma maneira quase visceral.
Em tempos distantes, nem sempre a digestão de certas ideias e conceitos acontecia com naturalidade. Eu era um bicho meio complexo, cheio de “e se...” e “senão..” que até me adulava quando conseguia dar passos mais consistentes sem a ajuda de uma série de mecanismos de defesas. Eu me hostilizava, numa batalha acirrada comigo mesmo, e ainda acho que conseguia sair perdendo. Coisas dessas sem o menor cabimento.
Daí vem uma enxurrada de situações pra você dar conta de uma vez, sem tempo nem mesmo de pedir ajuda e conselhos – nem pros universitários. Foi um tal de correr e aceitar tudo o me aparecia com tal intensidade que eu cheguei a me questionar: “Quando isso acalmar, será que eu vou conseguir enxergar tudo ou ter uma síncope?”. Seilá, a constante sensação de que se vai acordar e se encontrar em frente ao precipício é tão ameaçadora que isso não chegava a ser uma idéia vaga. E seu acordasse e visse o vale á minha frente, o que eu faria então?
Daí eu me respondo agora: se jogue. Pule e não pense se a queda livre é muito mais do que você pode suportar. E você pode.
A maioria das inovações e quebras de paradigmas nasce aí, quando alguém resolve cortar o cordão umbilical da mesmice e dos padrões internos aos quais seguimos com enorme indulgência. Monocromático e afônico.
Quem quer mais do mesmo?
Medo é pra quem quer; mudança é pra quem pode.
No primeiro, a escolha é sua. No segundo, a escolha é você.
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