Para mim - embora nem sempre seja possível - todos os dias devem ser especiais. Não deveríamos esperar pelas fórmulas mágicas, dias á parte ou qualquer outra coisa, porque isso guarda decepcões muitas vezes infantis.
Só que nós sucumbimos às vezes e isso é comum. Uma notícia não muito boa, alguém importante que nos deixa - seja lá de que forma - um dia que amanheceu um pouco mais cinza que o normal. Mas, o cerne é aprender com isso.
Aprender com a perda, com o que é amargo e com a negação. Do mesmo jeito que não pode fazer sol o tempo todo, não pode chover o tempo todo também. É uma questão de lógica, meio que reducionista até, mas... pra que complicar?
Uma companhia agradável, que tá do seu lado dia-a-dia e a gente não valoriza como deveria. Uma oportunidade no trabalho, em casa, no meio da Avenida Paulista... Quem é que vai saber? É preciso estar aberto para receber.
E hoje é um dia especial - por uma razão específica, que vem de 27 anos para cá - e eu enxergo essa chance de ser melhor e estar melhor para outro, para que cresçam também junto comigo. Então, é hora de comemorar, sempre!
Parabéns - mais uma vez!
domingo, 30 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Mudança (queda livre)
Mudança passou a ser meu nome do meio – que nunca tive – a partir de certo ponto do ano passado. E isso deveria ser mais do que natural pra qualquer pessoa normal, que anda, respira, tem anseio, dúvidas e comprometimentos. Só que eu acho que encarnei as mudanças de uma maneira quase visceral.
Em tempos distantes, nem sempre a digestão de certas ideias e conceitos acontecia com naturalidade. Eu era um bicho meio complexo, cheio de “e se...” e “senão..” que até me adulava quando conseguia dar passos mais consistentes sem a ajuda de uma série de mecanismos de defesas. Eu me hostilizava, numa batalha acirrada comigo mesmo, e ainda acho que conseguia sair perdendo. Coisas dessas sem o menor cabimento.
Daí vem uma enxurrada de situações pra você dar conta de uma vez, sem tempo nem mesmo de pedir ajuda e conselhos – nem pros universitários. Foi um tal de correr e aceitar tudo o me aparecia com tal intensidade que eu cheguei a me questionar: “Quando isso acalmar, será que eu vou conseguir enxergar tudo ou ter uma síncope?”. Seilá, a constante sensação de que se vai acordar e se encontrar em frente ao precipício é tão ameaçadora que isso não chegava a ser uma idéia vaga. E seu acordasse e visse o vale á minha frente, o que eu faria então?
Daí eu me respondo agora: se jogue. Pule e não pense se a queda livre é muito mais do que você pode suportar. E você pode.
A maioria das inovações e quebras de paradigmas nasce aí, quando alguém resolve cortar o cordão umbilical da mesmice e dos padrões internos aos quais seguimos com enorme indulgência. Monocromático e afônico.
Quem quer mais do mesmo?
Medo é pra quem quer; mudança é pra quem pode.
No primeiro, a escolha é sua. No segundo, a escolha é você.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Cheio de motivos, vinte e quatro horas do estado presente.
É o tanto que gostaria de presenciar o acontecer de tudo. Como um expectador ininterrupto, fazendo, obviamente, minhas participações especiais nos capítulos mais esfuziantes.
Não me importa onde, nem quando. A diferença é SER, constantemente. Ignorando verborragias, desencantos e ventanias.
Desejo voltar ao descaso amoroso, mas com afeto. A ser relapso com o tempo, mas pontualmente. Negar minhas inverdades, mas com sobriedade.
Haverá o tempo de reunião mas, decerto, dispensarei convidados adicionais. Viver, sobretudo.
Viver agudo!
É o tanto que gostaria de presenciar o acontecer de tudo. Como um expectador ininterrupto, fazendo, obviamente, minhas participações especiais nos capítulos mais esfuziantes.
Não me importa onde, nem quando. A diferença é SER, constantemente. Ignorando verborragias, desencantos e ventanias.
Desejo voltar ao descaso amoroso, mas com afeto. A ser relapso com o tempo, mas pontualmente. Negar minhas inverdades, mas com sobriedade.
Haverá o tempo de reunião mas, decerto, dispensarei convidados adicionais. Viver, sobretudo.
Viver agudo!
Status: (pleno!)
E o tempo perdido se reflete em sonhos e ilusões tão maximizadas que me perco novamente. Reinvento-me e me afogo nos mesmos teoremas de anteontem. E é fascinante, a magia, o encontro, a beleza e a graça do futuro imperfeito, mas que gira em sincronismo com nossos aforismos.
Não importa o que aconteça. Sempre parece que há um encaminhamento, uma vaga te esperando no estacionamento do shopping no dia 24 de dezembro, um alento, uma exclamação.
E quem quer acreditar que não? A vida não é um tabuleiro, não somos peões. Não existe de fato alguém que jogue os dados para ti. Não, não vais para a prisão só porque caíste no lugar errado.
Há algo de eterno em nossas possibilidades. O clímax, o orgasmo é justamente um dia descobrir que pode ser assim e assim será.
E toda a impaciência e amargura se dissolvem como num ceu desses de outono, que apesar de frio, vibra o calor e a ternura da mais bela alvorada.
Conte até dez, que te dou mil razões pra ser diferente.
Diga “não”, que o sabor de um “sim” será doce e iletrado como um beijo bom.
Você me abre os braços... e a gente faz um país.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Neorama
De sabiás ressabiados às câmaras de ar gélido,
Pus-me ao colóquio pessoal.
Defrontei-me com toda sorte de fauna
Urbanos ou não, estavam lá eles
Intrépidos e escarrados, como há de ser a lei - qual delas?
Papagaios, pivetes, pandemônios.
Todos ali, cinéticos, pelo furor de ser,
Regados a corredeiras de sarjeta e fuligem.
Entro em pânico ao reparar:
Com que orgulho o fazem,
Se por dentro desfalecem,
Feitos esses mosquitos perenes de Janeiro?
Arbitrariamente, ignoro, mas sei que com eles conjugo.
Ao chegar à fortaleza de balaústres impávidos,
Desconcerto-me em questão:
Para que precisam de tantas emperiquitações?
Medo, inquietação, solidão?
Sem tempo a perder, recorri àquelas antigas memórias.
Por que te moves inquieto?
Onde encontras afago?
Hás de viver afônico?
Num estalo, encontrei a quem perguntar.
Voltei-me ao lugar donde vim,
Ao mesmo assustado e ressabiado sabiá,
Cantando, indiferente às trombetas ensurdecedoras,
Tão solene, acabara de construir sua morada,
Ao pé de jambolão, na esquina,
Onde havia amarrada a faixa,
De dizeres micro e lacônicos:
“Agradeço a Santo Expedito pela Graça Alcançada”
Escrito em 20/08/2007
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Ela (porque só ela é assim)
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